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Comparando desempenho ao avaliar aviões

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Comparando desempenho ao avaliar aviões

Falta de precisão ou simplesmente informação errada podem distorcer o entendimento do desempenho do avião avaliado

Muitas vezes, no contexto da avaliação de aeronaves, a forma pela qual o desempenho do avião é analisado pode levar a uma comparação de “maçãs com laranjas.” Como de costume, no negócio da aviação, o diabo está nos detalhes.

Prestadores de serviços terceirizados, especializados em cálculos de performance operacional, podem gerar dados sobre o desempenho de aeronaves. Geralmente, o serviço é ideal para o dia-dia, mas raramente conseguem fazer comparações adequadas quando analisam o desempenho de aviões novos. Isso simplesmente vem do fato de que inovações futuras ou novos padrões ainda não são considerados no modelo. Ou seja, os aviões representados no banco de dados nem sempre são consistentes com o peso, layout de cabine, idade do avião, etc., (pois o modelo geralmente representa aviões atuais em serviço).

Quando a informação de desempenho é fornecida pelo fabricante, a fonte de dados é a mais confiável para análise de aviões. No entanto, é necessário prestar muita atenção nas premissas porque pequenos desvios podem gerar grandes erros de análise. Aqui, seguem alguns exemplos da sensibilidade no consumo de combustível ao utilizar algumas premissas aplicadas à mesma aeronave:

- o impacto de utilizar 800 milhas náuticas em vez de 500 milhas náuticas, como um setor médio, implica numa uma mudança de 3% no consumo de combustível por hora de bloco
- ao passar a taxa de ocupação média (load factor) de 70% para 85%, gera-se um diferencial de consumo de 3%
- ao utilizar a probabilidade de 85% de ventos encontrados em vez de 50%, gera-se um diferencial de consumo de 2 a 2,5%
- o impacto de uma tonelada no OWE (peso básico operacional) de um avião de um corredor pode afetar o consumo de combustível em mais de 0,7 a 1%

E todos esses fatores são cumulativos!

Além disso, os aviões mais eficientes são os mais afetados por essas premissas.

Para se conseguir uma comparação “maçã com maçã”, é preciso definir a configuração da cabine, o peso resultante e os parâmetros-chaves de voo e, assim, atingir uma precisão aceitável. A mesma cautela é necessária ao avaliar os fatores econômicos de um avião, especialmente, os custos de manutenção, nos quais cada premissa pode afetar os cálculos projetados de forma relevante.

Como dito acima, o diabo está nos detalhes...

 

Para obter mais informações, contate:
Patrick Baudis
Vice Presidente de Marketing, América Latina e Caribe
patrick.baudis@airbus.com

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