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“Surfando” no limite do espaço: Missão Airbus Perlan II

Mais Artigos Outubro - Novembro 2016

“Surfando” no limite do espaço: Missão Airbus Perlan II

Em um dia frio e cinzento de primavera, praticamente uma dúzia de pilotos em trajes de voo, cientistas, especialistas em planadores e entusiastas corriam para lá e para cá em um hangar no Aeroporto de Calafate na Patagônia, Argentina. Como formigas operárias, voluntários do Projeto sem fins lucrativos Perlan trabalhavam em uníssono para lançar o Perlan 2, planador sem motor, com envergadura de 12 metros e capacidade para voar a 90.000 pés, ou 27,4 mil metros, de altura.

No verão de 2014, o Grupo Airbus tornou-se o parceiro e patrocinador com direitos de nomenclatura da Missão Airbus Perlan II, iniciativa de voo de um planador sem motor nas regiões mais altas da atmosfera. O objetivo da missão é abrir novas portas para entender os aspectos do voo em grandes altitudes, mudança climática e exploração do espaço.

Como não tem motor, o Perlan 2 pode explorar a estratosfera de maneira eco amigável. Contudo, justamente por não ter motor, o Perlan 2 também precisa de ajuda para ser sustentado pelo ar, e um fenômeno climático conhecido como ondas orográficas proporciona esse impulso.

Ondas orográficas são ondas de ar geradas quando fortes ventos sopram nos picos de altas cordilheiras. Essas ondas poderosas projetam-se em direção ao céu, criando uma fonte de elevação em que um planador pode surfar, como se fosse uma onda do mar. Essas ondas orográficas ocorrem em muitas cordilheiras do mundo, porém apenas em poucos lugares – como os Andes – elas podem atingir altitudes estratosféricas. É por isso que a equipe internacional de aviadores e cientistas do Projeto Perlan passou seis semanas na Patagônia, Argentina, no último mês de setembro.

Nesse tempo em El Calafate, o Perlan 2 realizou oito voos e alcançou uma altitude máxima de 22.000 pés, ou 6.800 metros. Embora nenhum desses voos tenha quebrado o recorde ainda, um objetivo secundário desses testes na Argentina foi utilizar esses voos pressurizados para testar e validar sistemas de suporte de vida, que manterão dois pilotos vivos em condições atmosféricas semelhantes às de Marte. Consequentemente, essas condições fornecerão informações valiosas sobre como aeronaves com asas poderiam operar acima da superfície de Marte um dia. O Perlan 2 também conseguiu coletar dados que podem ajudar cientistas atmosféricos de todo o mundo a melhorar modelos climáticos, observar fenômenos atmosféricos e até mesmo encontrar soluções para a mudança climática.

Este projeto extraordinário desafia os limites da pesquisa, exploração atmosférica e engenharia nos dias de hoje, provando que, para a Airbus, o céu definitivamente não é o limite.

 

Para obter mais informações, entre em contato com:

Lindsy Caballero, Communication Specialist, Latin America & Caribbean
lindsy.caballero@airbus.com


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