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A América Latina tem muito o que aprender com a China

Mais Artigos Junho - Julho 2012

A América Latina tem muito o que aprender com a China

Estive recentemente em Pequim, para a Reunião Anual da IATA, e encontrei alguns paralelos interessantes entre a nossa crescente região e aquele dragão que não está tão adormecido. Já tinha visitado a China várias vezes, mas nunca tinha me sentido tão inspirado pela magnitude dos investimentos em infraestrutura, assim como pelo constante crescimento daquele país. Não pude acreditar como a China aprimorou a sua indústria da aviação de forma tão rápida e drástica. Muitas vezes, os aeroportos, as companhias aéreas e as aeronaves da China competem com os que já conhecemos nos EUA e na Europa.

Não se pode realmente comparar o tamanho e o PIB da China com o da América Latina, mas as duas regiões têm muito em comum quando se trata de taxas de crescimento do transporte aéreo e potencial de mercado. Num momento em que a economia global está tentando se estabilizar, o PIB da América Latina está crescendo mais rápido do que o mundo a uma taxa média anual de 5%, enquanto a classe média da região deverá aumentar 75% nos próximos 20 anos, de acordo com a mais recente Global Market Forecast (GMF) da Airbus. Mas, como meu bom amigo Alex de Gunten, Diretor Executivo da ALTA (Associação Latino Americana e do Caribe das Companhias Aéreas), destacou no Flight Daily News: "Há uma diferença fundamental entre as duas regiões - ao contrário da China, não vemos o apoio do governo para a indústria [da América Latina] que vemos [na China] em termos de infraestrutura”.

A América Latina pode aprender muito com a China quando se trata de lidar com o congestionamento do tráfego aéreo e com os aeroportos supersaturados. Alex ainda relata no Flight Daily News: "Na [China], o transporte aéreo é realmente visto como um motor de desenvolvimento. Nossa região ainda tem muito a aprender. O que está acontecendo é mais uma colcha de retalhos de projetos do que uma ideia de longo prazo”.

A exemplo do empenho da ALTA e da IATA, a Airbus apoia os esforços empreendidos em curso para convencer os governos latino-americanos da importância do transporte aéreo para o bem-estar da região. De acordo com a nossa mais recente GMF, o tráfego aéreo na América Latina deverá crescer mais de 6% nos próximos 20 anos, a segunda maior taxa de crescimento no mundo, depois do Oriente Médio e Ásia-Pacífico. De maneira geral, o tráfego da região deverá triplicar nos próximos 20 anos. É verdade que este é um problema que todos querem ter diante de mercados mais experientes e com certas dificuldades econômicas, como os EUA e a Europa; mas, ainda assim, há algo com que nossa região precisa lidar imediatamente a fim de capitalizar o potencial de crescimento antes deles.

Este potencial de crescimento é incorporado pela consolidação de companhias aéreas que tem ocorrido em nossa região. No ano passado, vimos a Avianca e a Taca se converterem em AviancaTaca e, mais recentemente, LAN e TAM completaram sua fusão para criar LATAM Airlines Group. Quero felicitar pessoalmente LAN e TAM por este marco importante. Atualmente, as três companhias aéreas, que fizeram parte do pedido histórico de 1998 da Airbus (LAN, TACA e TAM), participaram em operações de fusões que as fizeram mais fortes, vindo a transformar a indústria da aeronáutica em nossa região.

 


Com mais de 30 anos no setor de aviação, Rafael Alonso é o vice-presidente executivo de Relacionamento com o Cliente da Airbus para a América Latina e Caribe, e responsável por todas as atividades comerciais e de relacionamento com o cliente da Airbus em mais de 40 países.

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